Poema Meu - Migalhas
E agora, o que me resta
É um carinhoso beijo na testa,
Um teste do tempo —
Arrastado e lento.
E agora, o que me resta
São confetes pós-festa,
De um carnaval horrendo,
De uma arlequina sem noção.
E agora, o que me resta
É ficar com as migalhas que restam,
Esperar a hora da janta
Pra chorar diante de um prato vazio.
E agora, já não resta nada:
O beijo na testa foi na pessoa errada,
O carnaval virou conto de fada,
E a janta... vai sair atrasada.
por Afonso Baldez
Comentários
Postar um comentário