Poema Meu - A(Tormenta)do
Após a tormenta
Procurei, ainda atormentado,
Incansavelmente,
Tentando encontrar alento,
Tentando encontrar tranquilidade.
Eu, cego,
Tateei por entre escombros.
Dei de ombros
E me conformei com a paz.
Tanto faz
Se tenho ou não razão —
Ao outro, importa o que está bem ali,
Diante do próprio nariz.
E foi por um triz:
Quase que a paz me escapa.
Mesmo após a tormenta,
Usufruindo da calmaria,
A razão encontrou comigo
E gozamos juntos daquilo que eu tinha bem pouco,
Daquilo que eu nem sabia que queria —
A paz incompreensível
Do descanso eterno
De um único dia.
por Afonso Baldez
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