Cadê a Crônica? - ...vontade
Estavam deitados, um de frente para o outro, trocando olhares intensos. Ele fixava os olhos nos lábios dela, cheios de desejo, enquanto ela explorava seu rosto com os olhos, implorando silenciosamente por aquele momento. Essas súplicas permeavam o quarto, sem que uma única palavra fosse dita. Foi ela quem tomou a iniciativa, aproximando o rosto do dele, fechando os olhos — e ele fez o mesmo ao perceber o desejo mútuo por um beijo, por aquela vontade evidente no ar.
Tudo sempre começava com um beijo. Lábios que se encontravam, explorando-se com ternura. Ele saboreava cada centímetro dos lábios dela, enquanto ela se entregava ao toque dos beijos. Não demorou para que ele deslizasse a mão pela lateral do corpo dela, percorrendo-a devagar, passando pela cintura, contornando a curva do quadril até alcançar a nádega, que apertou com suavidade, transmitindo toda a delicadeza daquele gesto. Cada aperto era seguido por um olhar ardente, uma linguagem silenciosa que dizia: "Isso, me aperta assim." Palavras não eram necessárias.
Com desejo fervente e uma pressa disfarçada, ela desfez o laço do cordão de sua calça. Sem interromper o beijo, ele habilmente livrou-se das calças, usando os pés para retirá-las completamente. Em seguida, a virou e se inclinou sobre ela, deslizando as mãos sob sua blusa e subindo-a gentilmente até retirá-la pela cabeça. Beijou sua testa, seus olhos, nariz, lábios e queixo, fazendo cócegas com os lábios em seu pescoço e continuando a trilha de beijos. Sua língua explorou o colo dela, beijou suavemente o abdômen, contornou a cintura, seguiu pelas laterais dos seios e finalmente envolveu os mamilos com saliva. Ela se contorceu, inclinando a cabeça para trás, os mamilos se eriçando ao estímulo. As mãos dela, que antes seguravam as dele, agora exploravam seu abdômen, buscando seu pênis.
De repente, ela o segurou pelos cabelos e olhou profundamente em seus olhos, pedindo — quase ordenando:
— Me chupa — disse ela.
Ele obedeceu sem hesitação, movendo-se lentamente para baixo, beijando sua barriga, explorando o ventre. Com um gesto minucioso, retirou sua calcinha e a entregou a ela. Segurou os pés dela e beijou seus tornozelos, canelas, panturrilhas e coxas, subindo lentamente pela parte interna até a lateral da vulva — e repetiu todo o processo na outra perna. Ele tinha essa necessidade de fazer o mesmo, na mesma ordem, nos dois lados. Ao concluir seu ritual, engoliu a saliva que estava em sua boca, só para então sorver todo o líquido que vertia da vagina dela. Instantaneamente, ela gemeu — um sussurro que, na cabeça dele, parecia um "não".
Com intensidade, ele explorou cada centímetro daquela região, fazendo-a gemer e se contorcer de prazer. Adorava sentir a resposta dela, e sua excitação aumentava a cada gemido que escapava de seus lábios. Ela se concentrava na respiração, tentando conter o ápice do prazer.
— Deita — ela ordenou.
Ele obedeceu, deitando-se de barriga para cima. Ela o beijou, os lábios ainda molhados, mordeu seu pescoço e desceu até sua virilha, enquanto segurava firmemente seu membro. Com habilidade, o provocou com a língua, fazendo-o gemer. Lambia sua virilha enquanto o segurava, até que, com um movimento rápido, o colocou na boca, afundando o máximo que podia. Quando subia, engolia a saliva que o envolvia, para não desperdiçar nenhuma gota. Continuou o movimento, sugando-o com maestria, acariciando o saco com a outra mão. Seus lábios cobriam tudo, como se não quisesse perder nada. Ele se contorcia, agarrando o lençol com uma mão e os cabelos dela com a outra.
Ela percebeu que o havia provocado o suficiente e subiu rapidamente até seu rosto, beijando-o com paixão, compartilhando o sabor do sexo entre eles. Então levantou uma perna e levou a mão à boca, lambuzando os dedos indicador e médio com saliva. Com a outra mão, segurando o pênis dele, guiou sua glande até a entrada da vagina e, lentamente, começou a se abaixar, preenchendo-se com ele. Uma onda de calor percorreu o corpo dele, e ele não conteve o gemido, apertando a cintura dela contra a sua. Ela começou a subir e descer, os cabelos caindo em cascata, criando um ritmo frenético. Ambos gemiam em harmonia, uma sinfonia de prazer que ecoava pelo quarto.
— Ai, amor, eu vou gozar! — ela anunciou, em meio aos gemidos.
— Vai, goza pra mim! — ele respondeu, com os dentes cerrados de prazer.
Os gemidos aumentaram, um coro de amor, desejo e paixão. Quando ela finalmente gritou em orgasmo, ele a segurou ainda mais forte, afundando a cabeça no travesseiro.
Quando abriu os olhos, percebeu que havia despertado. Era um sonho — incrivelmente realista. Tão real que ainda podia sentir o gosto do sexo em seus lábios, a suavidade da pele dela sob seus dedos e as contrações da vagina em volta do seu pênis. A vontade permanecia. Mas, naquela noite, ele a dividiria com a solidão da cama.
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