Poema Meu - Unir Verso


Da ponta de um dedo médio teu ao outro,
Cabe um universo inteiro entre teus braços.
De “abraço” é que chamam esse cosmos tão teu.

E pensar que, antes de adentrar nele, eu estava triste...
É loucura como esse mundo me nutre,
E é nele que nenhuma lamúria resiste.

Que bom que você sabe abraçar — eu não sei ser abraçado.
Fico meio sem jeito, meio receoso...
Que sorte a minha caber, homem alto e desengonçado,

Nesse espaço onde cabe mais do que eu:
Cabe o meu mundo inteiro.
E mesmo com medo do oceano,
Teu abraço é o mar onde mergulho por inteiro.

Quisera eu ter esse universo no abraço, como você tem.
Quisera poder te oferecer a segurança que ele me dá também.
Mas esse universo — ah, esse universo —
É só seu. E de mais ninguém.


por Afonso Baldez

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