Poema Meu - Quem é ela?


Ela é poesia,
é prece e heresia.
É pintura realista feita em aquarela.
É verso,
é prosa,
é rima.
Ela é mulher,
é menina.

Ela é livre.
É o vento.
É a perfeita esfinge —
decifrá-la? Nem tento.

Ela é brasa,
é incêndio.
É água em represa,
é rio que deságua.

Ela é mocinha, é bandida.
É a cura, é ferida.
É a alegria da chegada,
é a dor da partida.

Tem a força de Hércules,
a sabedoria de Atena.
Mas também é ser humano —
na vida dela também há problemas.

Ela é bonança, é criança.
É perdição, esperança.
É bailarina que não dança,
é freira que transa.

Ela é homem.
É Deus.
É rei e rainha.
Ela é dela — não é minha.

É amor que no meu peito inflama,
é tesão que aflora na cama.
Saiu direto dos meus sonhos,
e no mundo pôs seu nome em tudo.
Desde então,
meu mundo passou a se chamar: Ana.


por Afonso Baldez

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