Poema Meu - Nota (Nem Tão) Mental


Uma taça de vinho,
e eu ainda pensava no que estava fazendo —
se queria, se podia, se valeria a pena.

Duas taças,
e tudo parecia uma boa ideia.
Vinha à minha cabeça algo como um:
"Por que não?"

Três taças de vinho,
e eu já não via por que não fazer.
Minha mente, enevoada de cabernet,
só queria tirar a roupa
e bagunçar os lençóis.

Uma garrafa inteira de vinho.
Aquela outra pessoa.
Eu.
Sexo.

No dia seguinte,
uma dor de cabeça,
um arrependimento,
e a vontade de escrever isso.

Poesia, poema ou texto?
Dane-se.

Prefiro a cerveja,
a solidão do vazio do meu corpo
e a embriaguez da minha mente confusa.


por Afonso Baldez

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