Poema Meu - Encarcerado
Meu corpo não é o que dizem.
Meu corpo não é meu templo.
Meu corpo é minha prisão —
Um cômodo sem portas,
Com paredes ora acolchoadas,
Ora eletrificadas.
Paredes que não deixam passar meus gritos,
Que não deixam entrar ruídos.
Sem portas por onde eu me liberte,
Apenas por onde entram visitas.
Sem janelas por onde eu contemple,
Mas por onde me observam os curiosos.
Meu corpo é minha prisão.
E minha prisão é perpétua.
por Afonso Baldez
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