Poema Meu - Tocar-te


Meus dedos não compreendem tuas carnes,
nem os toques que provocam vertigens.
A maciez de veludo em epiderme —
ora quente, ora fervente —
e meus dedos, ansiosos por percorrer-te,
por sentir cada uma das tuas marcas,
acariciar todas as tuas cicatrizes.

Desejo tanto colocar teus cachos atrás da orelha
quanto sentir o fluido-sumo entre tuas pernas,
mesmo que seja apenas para guardar,
nas digitais, a lembrança de ter tocado você.


por Afonso Baldez

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